NOVAS TENDÊNCIAS NA CADEIA DA RECICLAGEM E ACESSO A MERCADOS

Na manhã de quinta, um dos temas de debate na Expocatadores 2024 foi o acesso a mercados e as novas tendências na cadeia da reciclagem. Luiz Gonzaga de Carvalho, da Fundação Banco do Brasil, abriu a conversa falando sobre a necessidade de toda conversa ou projeto sobre economia circular incluir os catadores e catadoras e de como a indústria precisa facilitar a reciclabilidade dos materiais.

Luis Reiff, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deu sequência comentando sobre um novo produto o presidente Lula deve anunciar em janeiro, em complementação ao Cataforte, para estruturar a cadeia de reciclagem desde a chegada de material até a indústria compradora de recicláveis, em parceira com estados e municípios. A meta é aumentar em um milhão de toneladas ano a quantidade de material reciclado.

A Petrobrás tem propostas de incluir os catadores em seus projetos de transição energética, como o piloto realizado em Montes Claros (MG) com a transformação de óleos e gorduras residuais em biocombustíveis. Rafael Dias, gerente de projetos sociais da empresa, também comentou sobre o apoio à reestruturação das cooperativas em Canoas e Esteio (RS), afetadas pelas enchentes de maio deste ano.

Falando em nome da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Caroline Ponce de León ressaltou o papel da associação nas conversas e dinâmicas sobre materiais plásticos. A Abiquim está lançando na Expocatadores 2024 uma nova campanha, Vamos falar sobre plástico?, que propõe o diálogo entre toda a cadeia.

Savio de França, CEO da Reeecicle, trouxe para a pauta a reciclagem de eletroeletrônicos. Ele usou a experiência da startup no Nordeste para demonstrar a oportunidade de negócios na reciclagem desses equipamentos. Hoje, 85% da população brasileira tem lixo eletrônico guardado em casa e só 3% desses materiais vão para a reciclagem.

O envolvimento dos catadores autônomos nos projetos e conversas foi o foco da fala de Juliana Teixeira Gonçalves, do Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (Oris), que apresentou a ação Reciclabelô, feita no carnaval de BH, e seu impacto nos catadores envolvidos.

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